Afinal, qual é o mais
essencial para ser-se bem aceite na sociedade atual?
Estar de bem com a vida, com
os amigos, com a sociedade e mesmo consigo próprio, são desejo de todas as
pessoas que habitam o planeta.
Ser popular, bem-sucedido,
respeitado, bem tratado e aceite pela maioria, constitui, atualmente, uma das
metas a ser atingida por todos. Entretanto, questiona-se: afinal, para atingir
esses objetivos, qual é o mais importante: ser ou ter?
Este é, indubitavelmente, um
dos maiores dilemas de todas as sociedades atuais. Todos queremos ser boas
pessoas; bem aceites pelo grupo e pela sociedade; não discriminados pela cor,
raça, crenças e condição social. Assim sendo, faz-se necessário voltar à
questão: devemos nos preocupar em ser ou em ter?
No mundo em que vivemos
atualmente onde quase tudo se resume ao poder e ao dinheiro e onde várias vezes
somos julgados pela nossa aparência, a dúvida incide, principalmente, sobre o
problema: serei excluída se eu não tiver? Ou ainda: até onde aquilo que eu
tenho pode me levar?
Estamos a viver numa sociedade
onde se faz a educação para ter, em detrimento do ser. Por vezes, esses dois
conceitos até se complementam, pois, por exemplo, educamos as crianças para que
sejam determinadas, empreendedoras e ambiciosas, por conseguinte, isto implica
para que futuramente venham a ter bens, regalias e bom estatuto social.
Portanto, é preciso ser para ter ou ter para ser?
Somos confrontados, constantemente, com esta
difícil escolha. Por um lado, temos as igrejas que nos apelam a ser, por outro,
temos o mundo profano em que nós vivemos, onde se faz a apologia do ter.
Mas, se bem repararmos, aquele que tem,
provavelmente, pode ser. De outro modo, aquele que é, pode não necessariamente
ter. Contudo, é da nossa inteira responsabilidade decidir em qual destas
vertentes da vida devemos incidir mais.
Devemos, primordialmente, perguntar-nos à
nós mesmos se desejamos cultivar o nosso Ser com a essência de bom humano ou se
queremos apenas adquirir muitos bens e chegar ao final da vida com a sensação
de vazio interior. É pena que esse TANTO de bens que é adquirido, não caiba na
enorme caixa da morte.
Em suma, vale mais a pena investirmos em Ser
do que em Ter, pois, é notório que tudo aquilo que conseguirmos ter, em vida,
não vai connosco quando deste mundo partimos, porém, as nossas ações, enquanto
boas pessoas, vão permanecer na memória dos que ficaram e, desta forma, estaremos
a deixar o nosso legado aqui na Terra e eternizados no coração daqueles a quem
fizemos bem.
Por: Vadimila Borges