sexta-feira, 28 de abril de 2017

O grande dilema da humanidade: Ser ou Ter?



Afinal, qual é o mais essencial para ser-se bem aceite na sociedade atual?

Estar de bem com a vida, com os amigos, com a sociedade e mesmo consigo próprio, são desejo de todas as pessoas que habitam o planeta.

Ser popular, bem-sucedido, respeitado, bem tratado e aceite pela maioria, constitui, atualmente, uma das metas a ser atingida por todos. Entretanto, questiona-se: afinal, para atingir esses objetivos, qual é o mais importante: ser ou ter?

Este é, indubitavelmente, um dos maiores dilemas de todas as sociedades atuais. Todos queremos ser boas pessoas; bem aceites pelo grupo e pela sociedade; não discriminados pela cor, raça, crenças e condição social. Assim sendo, faz-se necessário voltar à questão: devemos nos preocupar em ser ou em ter?

No mundo em que vivemos atualmente onde quase tudo se resume ao poder e ao dinheiro e onde várias vezes somos julgados pela nossa aparência, a dúvida incide, principalmente, sobre o problema: serei excluída se eu não tiver? Ou ainda: até onde aquilo que eu tenho pode me levar?

Estamos a viver numa sociedade onde se faz a educação para ter, em detrimento do ser. Por vezes, esses dois conceitos até se complementam, pois, por exemplo, educamos as crianças para que sejam determinadas, empreendedoras e ambiciosas, por conseguinte, isto implica para que futuramente venham a ter bens, regalias e bom estatuto social. Portanto, é preciso ser para ter ou ter para ser?

Somos confrontados, constantemente, com esta difícil escolha. Por um lado, temos as igrejas que nos apelam a ser, por outro, temos o mundo profano em que nós vivemos, onde se faz a apologia do ter.

Mas, se bem repararmos, aquele que tem, provavelmente, pode ser. De outro modo, aquele que é, pode não necessariamente ter. Contudo, é da nossa inteira responsabilidade decidir em qual destas vertentes da vida devemos incidir mais.

Devemos, primordialmente, perguntar-nos à nós mesmos se desejamos cultivar o nosso Ser com a essência de bom humano ou se queremos apenas adquirir muitos bens e chegar ao final da vida com a sensação de vazio interior. É pena que esse TANTO de bens que é adquirido, não caiba na enorme caixa da morte.

Em suma, vale mais a pena investirmos em Ser do que em Ter, pois, é notório que tudo aquilo que conseguirmos ter, em vida, não vai connosco quando deste mundo partimos, porém, as nossas ações, enquanto boas pessoas, vão permanecer na memória dos que ficaram e, desta forma, estaremos a deixar o nosso legado aqui na Terra e eternizados no coração daqueles a quem fizemos bem.


Por: Vadimila Borges

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