sexta-feira, 5 de maio de 2017

Ruth, forçadamente mulher, forçosamente mãe

Tinha 17 anos de idade quando deu por si nestas condições: prematura, jovem estudante, num braço os livros e no outro, o seu bebé.

Passou pela experiência da maternidade cedo, no entanto, não permitiu que seus sonhos morressem. Aprendeu que naquele momento, mais do que nunca, tinha que ser suficientemente forte, por ela mesma e pela pequena criatura que trazera ao mundo.

Sem independência económica e financeira, recebeu o apoio dos pais na criação da sua filha e na continuação dos estudos. Deixou de frequentar as aulas durante um ano para cuidar da sua menina, cujo nome fez questão de derivar do seu. Chama-se lindamente Raissa.

Ruth Gonçalves é estudante universitária e frequenta o terceiro ano do curso de jornalismo na Universidade de Cabo Verde. É muito alegre, sorridente, bem-disposta e com enorme vontade de cooperar em causas nobres e nem por isso. Tem um imenso coração e é querida pelo seu jeito de ser.

Atualmente, com pouco mais de vinte anos, ambiciona terminar a licenciatura, trabalhar nesta área da sua formação ou criar o próprio negócio.
 Os seus sonhos são sempre duplos. Qualquer coisa que faz ou deseja concretizar é a pensar em si e no seu rebento, cordão do seu umbigo e maior amor da sua vida.

Tem a felicidade e o orgulho de ver a filha prestes a entrar no primeiro ano de escolaridade, como toda a mãe. Quem convive com ela percebe que constantemente se emociona quando fala da sua menina. 

Estórias como essas são aos montes. Repetem-se as circunstâncias, os cenários e todo o enredo, o que muda são somente as personagens, afinal, mães são todas iguais; só muda o endereço e o nome.


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